HUMILDEMENTE ROGAMOS A ELE QUE NOS LIVRASSE DE NOSSAS IMPERFEIÇÕES

“HUMILDEMENTE ROGAMOS A ELE QUE NOS LIVRASSE DE NOSSAS IMPERFEIÇÕES”

Ao pedir:

“Humildade”: refiro-me sinceramente às minhas limitações reconhecendo que sou falível, sujeito a cometer erros.
“Rogamos”: peço e suplico a Ele.
“Ele”: um Ser Superior a mim, potencializa dor e iluminador da minha auto-imagem.
“Que nos livrasse”: que me possibilite ficar resguardado, a salvo.
“De nossas imperfeições”: incorreções ou falhas apuradas nos Passos anteriores.
Notemos que a palavra “Ele” na frase está unindo o nosso reconhecimento da superioridade de Deus ao nosso desejo de evoluir e crescer seguindo Sua orientação e preceitos.
No 7º Passo o que se faz é reconhecer que apesar do esforço que fizemos nos 4º, 5º e 6º Passos para fazer um inventário o mais completo e honesto possível de nossa vida passada relacionando por escrito tudo de que nos lembramos e reexaminando cautelosamente com lisura e isenção de ânimo, de tudo o que foi listado pode haver ocorrido omissões involuntárias.
Além disso, existe ainda a possibilidade de não termos feito uma avaliação plenamente a certada no nosso inventário, já que nossa capacidade de discernir e apreciar com imparcialidade as coisas é muito inferior à de Deus.
Justo por isso nós Lhe pedimos com humildade que potencialize nosso espírito e nossa mente suprindo suas deficiências de modo que possamos conhecer a verdade sobre nós e nosso comportamento, incorporando à nossa imagem mental fatos exatos com base nos quais possamos corrigir os erros que cometemos livrando-nos assim, dos danos que causamos a nós mesmos, criando condições de reparar nos Passos seguintes os danos causados a terceiros.
Em outras palavras, eu peço a Deus que me auxilie ampliando minha capacidade de entendimentos e compreensão além do normal.
Chegou a hora de percorrer o caminho rumo à liberdade do espírito com a ajuda de um Poder Superior a mim mesmo. Com a ajuda deste Poder Superior que eu chamo de Deus, eu, alcoólico, compreenderei que me julguei espezinhado, fiz péssimos conceitos de mim mesmo, acumulei críticas a respeito de meus pensamentos e ações e adquiri sentimentos de inferioridade, de não prestar, baseado somente em provas que qualquer pessoa imparcial rejeitaria e quase sempre motivado por um perfeccionismo injustificável.
Através do 7º Passo descobrirei que é hora de encontrar um conceito verdadeiro a respeito da minha pessoa passando a agir como amigo e não como inimigo de mim mesmo.
Saberei que não sou herói nem vilão, mas apenas um ser humano com defeitos e qualidades como qualquer outro e que está neste mundo para evoluir fazendo o bem a mim mesmo e a meus semelhantes. Por pior que alguém seja sempre tem algo de bom para oferecer.
Percebi ainda com clareza o essencial: tenho que me perdoar e gostar de mim mesmo para poder perdoar e gostar dos outros.
Descobri que mudar meus hábitos colocando coisas novas e boas em minha mente vão ajudar-me a construir uma imagem adequada e realista baseada no meu sucesso e não no meu fracasso.
Para mim foi e é tremendamente importante para a prática deste Passo o convívio e a frequência às reuniões de A. A., onde consegui vividamente me aceitar como sou e aos outros como são através dos exemplos, da compreensão, da solidariedade e do sentimento de integração em um grupo social em vez do isolamento.
A troca de idéias e experiências, o encontro de novos e verdadeiros amigos, a visão de novos horizontes e caminhos, além de uma série enorme de outras coisas que só existem em A. A. facilitaram muito minha integração no mundo e na vida como um ser digno, decente e capaz.
No Grupo tenho desfrutado de momentos em que sinto algo parecido à verdadeira paz de espírito; meus olhos começaram a se abrir aos imensos valores que resultaram diretamente do doloroso esvaziamento do ego.
Sozinho nada sou, o Pai é que faz!
Tenho procurado cultivar a virtude da humildade, este dom que Deus me deu para que, através dele eu reconheça meu exato tamanho.
Praticando este Passo procuro me tornar livre de minhas imperfeições no tanto que for possível, mas não me tornando perfeccionista, porque só Deus é perfeito.
É bom ter sempre na mente estas verdades:
“Não sou melhor porque me louvam, nem sou pior porque me censuram. Sou, na verdade, o que sou aos Teus olhos Senhor e, à luz da minha consciência”.
“O que vem de fora não me faz mal porque não me torna mal. Só que vem de dentro pode me fazer mal, porque pode me tornar mal”.
Concluo que todos nós podemos e devemos ser felizes.
A alegria e a risada espontânea contagiam assim como tudo mais que sai naturalmente de dentro.
É um fato psicológico que os sentimentos que temos para com as outras pessoas são os sentimentos que temos em relação a nós mesmos.
Nós damos o que possuímos.
Quando começamos a nos sentir mais caridosos com os outros estamos fazendo a mesma coisa conosco.
É dessa maneira que nos tornamos melhores e nos livramos de nossos defeitos e imperfeições rumo à liberdade do espírito. Passando a gostar de nós mesmos, limpamos a nossa casa (mente) e ficamos em condições de ir recolher o lixo que jogamos na casa dos outros (8º Passo).
Aprender a “viver com os outros” é uma aventura fascinante!

(Fonte: Revista Vivência Nº 117 – Antônio)

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