SÉTIMA TRADIÇÃO

SÉTIMA TRADIÇÃO .
Há uma interdependência total entre a Recuperação, a Unidade e o Serviço. A CONSCIENTIZAÇÃO, inclui o exercício da sensação, da compreensão e do raciocínio, onde usamos a imaginação, a aspiração e a inspiração, que são revelações internas, divinas. A imaginação é função da mente, ocorre em revelação interior. Imaginando ideais, aspirando de acordo com o grau de nossa imaginação, uma ação de gratidão e com inspiração do Poder Superior, teremos sensações inusitadas e felizes de compreensão e raciocínio, que nos levam a ver bem definido o que éramos, o que seríamos se companheiros do passado não tivessem tido a clareza que agora temos, de obter meios (recursos) para agirmos como agiram (levar a mensagem) que chegou até nós e que agora pretendemos levar àqueles que ainda sofrem.
Ter consciência é ter conhecimento, ideia, noção clara de um fato ou de uma situação. Este conhecimento, será tão mais perfeito e sábio, quanto estiver vinculado ao Poder Superior, com desprendimento, amor, gratidão, sem critica só por contestar, sem colocações só para discordar, ou sem falar só para ser diferente. Quando temos consciência, do nosso verdadeiro estado de doentes, e de que nosso senso crítico está muito falho, e que nossos condicionamentos nos levam a situações inconscientes de descomportamento, às vezes por longo tempo, começamos a nos auto vigiar e a procedermos as mudanças necessárias para este objetivo maravilhoso, de vigiar-nos e ater-nos ao todo e ao fundamental e não ao acidental e a uma possível particularidade de interesse pessoal. Se nos conhecermos melhor e fiscalizarmos as motivações de nossas atitudes, estaremos tendo consciência de nosso estado e de nossos objetivos maiores: Os serviços que levam a mensagem, consolidam nossa sobriedade e felicidade. Desta conscientização depende o futuro de AA, e portanto as vidas dos doentes que virão.

CONTRI,BUIÇÃO – O MATERIAL E O ESPIRITUAL – HOMEM SER DUAL. Contribuição: Cota, quinhão, ato de contribuir. Nós os mais antigos, somos responsáveis, pelo grande equívoco, de afirmarmos e repetirmos, que o AA é de graça, que não se precisa pagar nada. Não somos obrigados a fazer nada por solicitação de AA como instituição, mas companheiros, se tivermos consciência de nossa realidade passada, presente e expectativa do futuro, contribuiremos espontaneamente e tão prodigamente quanto pudermos. Se entretanto continuarmos a exercitar nossa doença inconscientemente, acharemos sempre uma justificativa para não contribuir para com a Irmandade e acharemos até que a Irmandade deve ser grata com o pouco que fazemos, como se a Irmandade não fosse nós mesmos, uma coisa só, a partir dos Grupos, seguindo pelo Distrito, Áreas até a Conferência de Serviços Gerais. Irmãos, o AA somos nós, a responsabilidade pelas nossas vidas e de nossos irmãos doentes futuros é nossa, e sem contribuirmos generosamente, certamente teremos perdido o sentido de nossas vidas, morreremos e nossos futuros irmãos doentes não receberão por falta de contribuição nossa o que recebemos por contribuição dos que nos antecederam. Certamente companheiros, alguns de nós teremos mil razões racionalizadas, para justificar nossa não contribuição para com a Irmandade. As despesas com passagens são demais, os cartazes são muito caros, os encontros deveriam ser em alojamentos comuns, gastou-se muito com telefone , o computador foi muito caro, gasta-se muito com empregados e encargos sociais, estão nos impondo contribuições e “n” situações são enunciadas. Companheiros, quando não queremos contribuir, encontramos mil desculpas para não fazê-lo, mas quando estamos conscientes de nossas responsabilidades e necessidades, fazemos o inverso, contribuímos sim, e exigimos estudos, controle dos gastos, registros confiáveis, trabalho responsável, e aplicação dos recursos fundamentalmente no levar a mensagem certa, pelos veículos disponíveis e menos caros, à sociedade em geral, para que nossos irmãos doentes sejam atingidos e beneficiados como o fomos. Cumpramos a nossa parte, e exijamos que nossos órgão de serviço cumpram a sua. Não é deixando de contribuir e fugindo comodamente de nosso dever, que resolveremos nossos problemas. Vejam, ninguém nos obriga, mas nos obrigamos fazê-lo pela compreensão, pela gratidão e pela necessidade, não pelo perigo de bebermos, mas pela vontade de termos paz e sermos felizes, levando esse benefício a quantos pudermos. Não procedendo nós assim irmãos, poderemos morrer ou no mínimo levarmos uma vida infeliz, rancorosa, cheia de medos e sem paz; sem a habilidade de lidarmos com os problemas sem sofrermos, e ainda sem darmos a outros o que recebemos de graça por que alguém pagou, portanto paguemos para que outros recebam de graça, e sigamos nessa corrente permanente de vida e amor.

Material e espiritual: O ser humano é dual não existe homem sem ahna, nem homem sem corpo, o ser humano é corpo e alma. Sem pão e sem o alimento da alma (a oração, a meditação, a não prática do mal e a prática do bem) o homem é incompleto, desarmonioso, infeliz, sente um vazio sem lhe faltar nada objetiva e aparentemente. Portanto o material e o espiritual devem andar sempre juntos, é a maravilha da fusão do material e do espiritual para completar o ser humano.

A moeda, ou dinheiro, é apenas um instrumento de troca. Não há mal no dinheiro, pode haver mal no seu uso. O dinheiro não é um bem por si só, é para adquirir bens. Ele exerce uma função fundamental para levarmos a mensagem de AA junto com o amor, sem ele o AA morre, e isso acho que não queremos. AA não é só para nós, tornemos ele perpétuo com nossas contribuições generosas, para os irmãos do futuro e para aqueles que ainda no presente não conhecem nossa Irmandade. Rokfeler foi sábio, quando disse que deveríamos preservar nossa autonomia, com nossa auto-suficiência, o que só será conseguido com nossas contribuições responsáveis, permanentes e estáveis.

AÇÃO: Ajo quando contribuo, quando planejo, quando escolho o material e os veículos de distribuição e levo assim a mensagem. Esta açáo em caráter permanente é necessária para a perpetuação de AA. Entretanto, se não estou impregnado do espírito de gratidão pela compreensão do benefício que recebi e do amor pêlos meus irmãos doentes em AA e fora dele, talvez me seja difícil, contribuir e agir.
LEVAR A MENSAGEM CERTA: Para isso há uma função importantíssima. Conhecer AA e seus princípios, basicamente os três legados: Recuperação, Unidade e Serviço. Não posso falar nem informar sobre o que não conheço bem, sob pena de informar o que penso e o que quero e que certamente não representará os princípios de AA. Para conhecer é preciso estudar, frequentar reuniões de recuperação, temáticas, de estudos, de debates, seminários, o máximo que pudermos, e nunca saberemos demais. A humildade é fundamental. Precisamos sempre identificar o que a entidade ou a instituição quer. Se desejarem esclarecimentos científicos ou técnicos não é conosco, é para médicos e especialista, os aa(s) não devem fazer isto como aa(s). É importante termos consciência, de que informar não é dar um depoimento tradicional, é dizer o que é AA, quais seus princípios e objetivos, como funciona e onde está, citando breves experiências sobre tópicos importantes. Teremos que ser suficientemente humildes para não respondermos sobre assunto científico, médico, que não conheçamos ou sobre o qual tenhamos dúvidas. Poderemos dar indícios, do que indicará ser alguém alcoolista, mas jamais diagnosticar, deixemos isto para os médicos. Não devemos fechar questão, sempre dizer segundo entendemos ou é nossa interpretação sobre o assunto, até para não gerar controvérsia pública, a não ser coisa absolutamente clara, como não receber auxílio de fora sob qualquer forma. Sempre que possível, para palestras, a idade, o conhecimento, a profissão e a classe social do palestrante devem ser próximos da plateia respectiva. Isto é importante para que aja boa comunicação e compreensão da informação. Temos que humildemente entender que nós somos iguais entre nós, mas que lá fora a sociedade continua sendo como sempre foi, há os melhores e os piores, os comuns e os especiais, e a Irmandade deve ser bem representada para o público em geral. Nossa apresentação é importante, não por nós, mas pela Irmandade que representamos. Não é alguém que fala, é AA que está sendo apresentado. Cabelo cortado, barba feita, roupa limpa e não amarrotada, calça comprida, camisa abotoada, calcados limpos, postura simples, discreta e alegre, além do todo antes exposto, seriam atributos desejáveis para um palestrante de AA, não por ele mas pela Irmandade.

Com as considerações acima feitas, penso ter colocado o que parece necessário, útil e amoroso, para levar a mensagem aos irmãos que ainda sofrem e preservar AA para o futuro.

“Que o Poder Superior, nos encha de sabedoria, tolerância e compreensão, para acreditarmos em AA, contribuirmos conforme as possibilidades de cada um e agirmos levando a mensagem salvadora”.

Abraços fraternos, paz, luz e mais 24 h sóbrias.

arco.

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